NOTÍCIAS
Justiça avalia resultados e inicia formulação de Metas Nacionais para 2024
09 DE JUNHO DE 2023
A 1ª Reunião Preparatória do 17º Encontro Nacional de Poder Judiciário, realizada nesta sexta-feira (9/6) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dá início ao processo de formulação das Metas Nacionais para 2024. A importância da reunião foi destacada pela presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, que abriu o evento. “É sabido que dentre os pilares de atuação do CNJ se encontram o planejamento central e a gestão do Poder Judiciário que têm, na Estratégia Nacional, seu instrumento de orientação.”
O Encontro Nacional do Poder Judiciário integra o calendário anual de atividades do CNJ desde o ano de 2008 e tem o objetivo de monitorar a Estratégia Nacional do Poder Judiciário, com a apresentação dos principais resultados alcançados no curso do ano corrente e o desempenho dos tribunais na execução das políticas judiciárias, dos projetos e das ações em andamento. A Estratégia Nacional para o sexênio de 2021-2026 está consolidada na Resolução CNJ n. 325/2020, com as diretrizes nacionais da atuação institucional dos órgãos do Poder Judiciário.
Em seu discurso, a presidente salientou alguns desses resultados. Em 2022, o Poder Judiciário julgou mais processos que os distribuídos, cumprindo a Meta Nacional 1. Ao todo, foram julgados mais de meio milhão de processos a mais do que o número de distribuídos, gerando o alcance e o cumprimento da Meta 1 em 103,18%. “Esses resultados retratam os esforços empreendidos por todos os órgãos do Poder Judiciário durante o ano passado”, destacou a ministra.
Ela também citou, entre outras iniciativas, o Prêmio CNJ de Qualidade, que, neste ano de 2023, apresenta novos critérios, com o olhar no acompanhamento das políticas judiciárias, na eficiência, na gestão e na organização de dados. “A premiação é bastante prestigiada pelos tribunais e conselhos que compõem o Poder Judiciário”, afirmou. Entre as novidades no regulamento da premiação está a valorização dos avanços dos tribunais na capacitação em direitos humanos, gênero, raça e etnia.
Estratégia Nacional
Após a abertura do evento, a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Dayse Starling Mota e a diretora do Departamento de Gestão Estratégica (DGE) do CNJ, Fabiana Gomes, apresentaram o relatório de acompanhamento das ações para o alcance dos Macrodesafios, nos anos de 2021 e 2022, e das Metas Nacionais, no ano de 2022, que integram a Estratégia Nacional.
Para aferição dos indicadores, foi aplicado um questionário eletrônico entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023. Ao todo 87 tribunais responderam ao questionário, representando 96,6% do público-alvo.
Quanto aos macrodesafios, foi possível observar que o grau de aderência a cada meta varia de acordo com o segmento de Justiça. Na Justiça Eleitoral, foi maior a aderência à promoção de sustentabilidade; na Estadual, ao aperfeiçoamento na gestão de pessoas; na Federal, ao aperfeiçoamento da gestão orçamentária e financeira; e na do Trabalho, à promoção da sustentabilidade e ao fortalecimento da Estratégia Nacional de TIC e de Proteção de Dados. Já a Justiça Militar Estadual atingiu maior aderência à Promoção da sustentabilidade e ao aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária.
Quanto às Metas Nacionais, o DGE verificou avanços em várias metas estabelecidas. Na Meta 8, por exemplo, que prevê priorização do julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres, a Justiça Estadual alcançou o indicador de cumprimento de 132,43% em relação à violência doméstica e de 127,70% a respeito do feminicídio. Já na Meta 9 – estimular a inovação no Poder Judiciário – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou ao índice de 100%. Atingiram o indicador, na promoção da Transformação Digital (Meta 10), o TST e as Justiças Estadual, Federal, Trabalho e Eleitoral.
Tecnologia e dados
A programação da reunião preparatória incluiu atualizações sobre ferramentas desenvolvidas por meio do Programa Justiça 4.0 que auxiliam na execução da Estratégia Nacional. Entre elas está o Gabinete do Juízo, ferramenta tecnológica de gestão da qualidade e dos prazos administrativos e processuais. Já a ferramenta JuMP mapeia gargalos em setores e etapas de tramitação de processos judiciais. Outro novo recurso, lançado em dezembro de 2022, é o Sistema Nacional de Gestão de Bens (SNGB), que viabiliza a gestão de bens e ativos, rastreando desde a apreensão até a destinação final de bens envolvidos em processos judiciais.
O Programa Justiça 4.0 é desenvolvido pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para tornar o sistema Judiciário brasileiro mais próximo da sociedade por meio das novas tecnologias e da inteligência artificial. O programa realiza atualmente o Diagnóstico Justiça 4.0, que avaliará impactos da implementação dos Núcleos de Justiça 4.0, Balcão Virtual e Juízo 100% Digital.
“Esses são exemplos de ferramentas úteis para fortalecer a execução da Estratégia Nacional. É importante que os tribunais façam a integração de seus sistemas à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br) para utilizar essas ferramentas”, frisou o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica (SEP) do CNJ, Ricardo Fioreze. Participaram do painel os juízes auxiliares da Presidência do CNJ Dorotheo Barbosa Neto e João Thiago de França Guerra.
A importância da participação de magistrados e servidores no 2º Censo do Poder Judiciário também foi reforçada durante o evento. De acordo com o Censômetro, desenvolvido pelo CNJ, cerca de 66 mil pessoas (22%) que compõem o efetivo da Justiça responderam aos questionários. As respostas podem ser encaminhadas até o dia 30 de junho por meio de formulários próprios disponíveis na página do CNJ. O levantamento vai mapear aspectos sociodemográficos da força de trabalho da Justiça, além de avaliações da satisfação e das relações de trabalho nesse ambiente, da utilização do teletrabalho, do bem-estar e da saúde.
As novidades do Prêmio CNJ de Qualidade de 2023 também foram pontuadas pela diretora executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, Gabriela Soares, e pela juíza auxiliar da Presidência do CNJ Ana Lucia Aguiar.
Texto: Mariana Mainenti
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias
The post Justiça avalia resultados e inicia formulação de Metas Nacionais para 2024 appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Inscrição para o “Prêmio Justiça e Inovação” se encerra na segunda (12/6)
09 de junho de 2023
Termina nesta segunda-feira (12/6) o prazo para a inscrição de projetos para concorrerem ao “Prêmio Justiça e...
Portal CNJ
Judiciário debate a Política Antimanicomial em Seminário Internacional
09 de junho de 2023
A qualificação da política antimanicomial no âmbito do Poder Judiciário em interlocução com outros segmentos...
Portal CNJ
Comitê retoma trabalhos de monitoramento dos Núcleos de Ações Coletivas
09 de junho de 2023
O Comitê Executivo Nacional dos Núcleos de Ações Coletivas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se reuniu para...
Anoreg RS
Novo episódio do Papo de Cartório aborda os impactos da Lei 6.015 de 1973 na vida dos brasileiros
09 de junho de 2023
O consultor legislativo do Senado Federal nas áreas de Direito Civil, Processo Civil e Direito Agrário, Carlos...
Anoreg RS
Rádio Justiça: Acórdãos do STJ e Direito Imobiliário são debatidos no programa “Revista Justiça”
09 de junho de 2023
Debate tratou sobre direito de passagem do possuidor, alienação do imóvel após inscrição na Dívida Ativa e...