NOTÍCIAS
Rosa Weber: CNJ atuará pela eficiência da Justiça e pela defesa dos direitos humanos e ambiental
20 DE SETEMBRO DE 2022
A atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) terá como foco a eficiência na prestação jurisdicional e a defesa dos direitos humanos e meio ambiente. As diretrizes foram apresentadas pela presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, na terça-feira (20/9), durante a abertura da 356ª Sessão Ordinária, a primeira que presidiu. Ao abordar a transformação digital do Poder Judiciário, a ministra enfatizou que, além de facilitar o percurso do cidadão no Sistema de Justiça, a tecnologia deve proporcionar que o juiz se dedique à prática dos atos decisórios diretamente relacionados à solução dos conflitos.
Segundo a presidente, as metas traçadas buscam o contínuo aperfeiçoamento do CNJ para melhorar os serviços prestados à sociedade brasileira. “É o ‘CNJ Raiz’ que buscamos reforçar”. Ela observou que o objetivo é automatizar o maior número de atos processuais cuja prática independa de intervenção decisória do juiz e “fazer a máquina trabalhar para o homem e não o homem para a máquina”. Nesse contexto, os excluídos digitais não podem ser esquecidos. “Não haverá transformação digital efetiva se esse processo, por qualquer razão, inviabilizar o acesso de cidadãos à justiça”.
Temas
Juntamente com a atenção aos sistemas eletrônicos adotados pelo Poder Judiciário, a ministra destacou que serão implementadas ações voltadas para a ampliação de medidas de inovação, de inteligência, de cooperação e de conciliação, visando a prevenção e a solução de litígios coletivos, os repetitivos, de massa e de grande impacto social. A otimização da governança e a gestão do Judiciário, com redução da burocracia imposta aos tribunais, também serão alvos de atenção da nova presidente. Ela apontou ainda que as serventias extrajudiciais receberão atenção do CNJ, especialmente quanto à realização de concursos públicos pelos tribunais para provimentos dos cartórios.
Rosa Weber anunciou que os mecanismos de erradicação do subregistro civil e de paternidade receberão atenção especial, assim como a ampliação da identificação civil, a localização de pessoas desaparecidas e o enfrentamento ao trabalho infantil e ao trabalho análogo à escravidão. “Buscaremos respostas céleres aos litígios afetos à subsistência e à convivência familiar, como ações de infância, família, violência doméstica, trabalhistas e previdenciárias”. A gestão também se dedicará a ações para dar efetividade na aplicação do direito infracional e penal, conclusão de processos de delitos contra a vida, na garantia da dignidade na execução penal e na ressocialização de pessoas presas.
Na seara disciplinar, a ministra ressaltou o papel do CNJ de fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. “Tal incumbência é solene e os procedimentos instaurados com essa finalidade exigem apreciação e julgamento igualmente pautados pelos ideais de efetividade e celeridade”.
Saudações
O conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, falando em nome do plenário, afirmou que os integrantes do CNJ se dedicarão às metas apontadas pela presidente. “Essa renovação traz esperança de um novo tempo, de uma nova ordem. Ter uma mulher na Presidência estabelece uma perspectiva de gênero que, esperamos, alcance toda magistratura”.
A ministra também foi saudada pelo subprocurador-geral da República, Alcides Martins; pelo presidente da Associação Nacional do Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Antônio Colussi; pelo presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Nelson Alves, e pelos representantes do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Daniel Blume, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Fernando Cury, e pela advogada Arlete Mesquita.
Na abertura da sessão, a ministra Rosa Weber anunciou que o CNJ estabeleceu parceria com a “Coordenação da Questão Indígena” (COQUEI), da Universidade de Brasília (UnB), para promover a inclusão de estudantes indígenas por meio de estágios no CNJ. Inicialmente, o convênio prevê a contratação de dez estudantes em diferentes unidades do órgão.
Texto: Jeferson Melo
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias
The post Rosa Weber: CNJ atuará pela eficiência da Justiça e pela defesa dos direitos humanos e ambiental appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Implementação do Sistema Eletrônico de Registros Públicos avança no país
02 de maio de 2023
Já nesta sexta-feira, 28/04, foi a vez do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas...
Anoreg RS
G1 BA – Bahia tem, em média, mais de dois casamentos por dia envolvendo menores de idade
02 de maio de 2023
Brasil permite casamento quando adolescentes completam 16 anos. Dados são referentes aos três primeiros meses de...
Anoreg RS
Desconstituição do vínculo registral em proveito da paternidade biológica
02 de maio de 2023
A desconstituição do vínculo registral diante de prevalecer o vínculo biológico da paternidade de terceiro tem...
Anoreg RS
Parceria entre ONGs e iniciativa privada facilita o acesso de trans e travestis de 13 estados e do DF a um novo nome
02 de maio de 2023
O objetivo do projeto é custear mudanças na certidão de nascimento. O valor total, de todos os documentos...
Anoreg RS
CNJ Institui o Comitê Executivo Nacional de Soluções Fundiárias
02 de maio de 2023
A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, e tendo em...