NOTÍCIAS
Libras e audiodescrição trazem acessibilidade para sessões do Tribunal do Amapá
13 DE JULHO DE 2022
Erick Renan é intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) há quatro anos. Seu interesse pela linguagem surgiu em 2016, quando resolveu fazer um curso de extensão promovido pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). No ano seguinte, começou a estudar no curso Letras-Libras da universidade. Agora formado, ele atua como professor e intérprete de Libras no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).
“A nossa equipe tem um bom número de integrantes. Durante a sessão [do , nós fazemos um rodízio de 20 minutos para casa intérprete”, explica Renan. Ele observa que muitas pessoas acham que o trabalho é simples, mas garante que é muito cansativo e exige muito do corpo e mente. “Com a nossa equipe em rodízio, podemos produzir um conteúdo de qualidade e da melhor maneira possível.”
A equipe que atua na instituição ainda conta com Jayanne Pontes Antunes e Erika Figueiredo. Jayanne também se formou na Unifap em Letras-Libras, foi professora do projeto de extensão Libras para a Comunidade e fez pós-graduação para se tornar intérprete. Ela relata que o seu interesse surgiu quando estava concluindo sua primeira graduação em Educação Física e teve a disciplina de Libras. “Foi amor à primeira vista. Eu me apaixonei pela matéria e resolvi iniciar o curso no ano de 2013.”
Erika Figueiredo conta que sempre teve facilidade com o estudo de línguas e por isso escolheu a graduação em Letras-Libras. Por meio de cursos, a intérprete se habilitou a desenvolver essa função. Após iniciar suas atividades no TJAP, Érica se aperfeiçoou na linguagem jurídica para desenvolver melhor sua função.
Audiodescrição
A coordenadora do grupo de audiodescrição que atua no TJAP, Elza Lopes, tem 11 anos de estudos na área, já fez cursos em diferentes estados e participou de encontros nacionais e internacionais. Atualmente, a audiodescritora faz palestras no Amapá para desenvolver a profissão. “Esse trabalho não é só para a educação. Ele abrange diversos espaços no estado, como acontece hoje aqui no TJAP. É importante levar isso com muito profissionalismo, porque as pessoas que vem ao tribunal precisam compreender tudo que acontece.”
Durante a Sessão da Secção Única do TJAP, realizada na última quinta-feira (7/7), Edilana Vitória, fez a sua estreia como audiodescritora. Ela vinha fazendo parte de um treinamento intensivo de dois meses com Elza e afirmou estar muito contente por participar da equipe desenvolvendo uma função crucial.
TJAP Acessível
A acessibilidade é um dos principais fatores para que todos os membros da sociedade tenham os seus direitos garantidos. Por isso, o TJAP conta com um grupo de audiodescritores e intérpretes de Libras para tornar a instituição completamente inclusiva. Os profissionais dessas áreas que trabalham no TJAP atuam nas sessões judiciais, cerimônias e eventos do Poder Judiciário do Amapá.
A audiodescrição é um recurso de inclusão que torna mais acessíveis filmes, cerimônias e sessões judiciais às pessoas com deficiências visuais por meio da tradução de imagens em palavras. A Libras é a forma que pessoas surdas ou com deficiência auditiva podem se comunicar em sociedade, pois utiliza as mãos e os dedos para produzir gestos em substituição a língua oral.
Segundo o IBGE, há no Brasil cerca de 10 milhões de pessoas com alguma categoria de deficiência auditiva e 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. Com essa equipe especializada, o TJAP garante o direito das pessoas com deficiência que precisam da instituição.
Fonte: TJAP
The post Libras e audiodescrição trazem acessibilidade para sessões do Tribunal do Amapá appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
Observatório de Direitos Humanos debate caso Bruno e Dom nesta terça (21/6)
21 de junho de 2022
O Observatório de Direitos Humanos do Judiciário vai debater, nesta terça-feira (21/6), o assassinato do...
Portal CNJ
Alternativas penais: CNJ fortalece política com articulações e qualificação de serviços
21 de junho de 2022
Com o crescimento acelerado da população prisional no Brasil na década de 1990, as alternativas penais ganharam...
Portal CNJ
Comitê vai articular ações do Judiciário para pessoas em situação de rua
21 de junho de 2022
Apoiar a implantação da Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua em todos os...
Portal CNJ
Registro civil para indígenas garante exercício da cidadania em Tocantins
21 de junho de 2022
Emissão da 1ª e 2ª via da Certidão de Nascimento, Casamento e Óbito, 1ª e 2ª via da Carteira de Identidade...
Portal CNJ
Ciclo de reuniões vai aprimorar audiências de custódia no Amazonas
21 de junho de 2022
Com a proposta de auxiliar na realização das audiências de custódia nas comarcas do Tribunal de Justiça do...